quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Opinião Política - Festa Árabe



O mundo se livrou nestes dias de mais um ditador tirano, brutal e sanguinário. O Mundo Árabe viu mais um país ser varrido pela Primavera Árabe e pela luta pela democracia. As tropas rebeldes ajudadas pela OTAN tomaram Trípoli, a capital da Líbia, e derrubaram o regime de Muamar Kadafi. Nestes últimos quarenta anos, Muamar Kadafi implantou na Líbia um regime de terror, no qual havia tortura em suas escuras prisões, perseguição as oposições, controle total da imprensa a mãos de ferro e no qual a população vivia a miséria, enquanto Muamar Kadafi vivia excentricidades em seu palácio de luxo cheio de ouro (Isha la) com suas roupas extravagantes, alimentadas pelo petróleo. Nestes anos, Muamar Kadafi já foi considerado terrorista pelo Ocidente por seu envolvimento na explosão de aviões em Lockerbie, passou para aliado do Ocidente, quando abandonou seu programa nuclear, pediu desculpas as vítimas do atentado terrorista e passou a defender seus interesses políticos e econômicos, como demonstrou sua estreita amizade com o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, e agora foi bombardeado pelo Ocidente e pela OTAN, na esteira da Primavera Árabe e de uma nova espécie de colonização da África. Muamar Kadafi hoje está foragido e procurado pelo Tribunal Penal Internacional para ser julgado por suas atrocidades e crimes contra a humanidade. O mundo se pergunta agora: Como ficam Síria, Iêmen, Bahrein, Omã, Irã, Arábia Saudita, Mauritânia, Marrocos, Argélia e Jordânia? Será que Estados Unidos e Europa tem dinheiro para derrubar outra tirania? O que vem agora, depois do assassinato de Osama Bin Laden, da Primavera Árabe e do fim de um ciclo histórico iniciado com o 11 de Setembro e no qual o fundamentalismo islâmico foi o principal inimigo dos Estados Unidos da América? Será que a ameaça da China e da Rússia? Deixando essas questões de lado, só nos resta comemorar o fim de mais uma ditadura (Tunísia, Egito caíram neste ano, e agora a Líbia) e celebrar a vitória da liberdade.