sábado, 12 de fevereiro de 2011

Panorama Relações Internacionais – América Latina


A América Latina hoje vive sob a ameaça do chavismo, a influência crescente que o presidente venezuelano Hugo Chávez vem exercendo na região, representando um risco para a democracia e para a economia de mercado. Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Paraguai, Uruguai, Nicarágua, Suriname, Cuba, El Salvador e sob certos aspectos o Brasil se encontram sob o guarda-chuva chavista. Chile, Colômbia, Peru e México são aliados dos Estados Unidos. Honduras vivenciou a divisão que existe no continente americano entre Estados Unidos e Venezuela. Grande parte desse fenômeno se explica pela falha dos princípios do Consenso de Washington para resolver as desigualdades sociais reinantes na região, nos anos 90. Aproveitando-se dessa situação e das altas do preço do petróleo que lhe proporcionou recursos, Hugo Chávez aumentou sua influência na região estatizando as empresas estrangeiras em seu país para criar um modelo alternativo, o socialismo do século XXI, e dando apoio financeiro a candidatos a presidente dos outros países alinhados com esse modelo. Assim, há uma disputa por influência política na região entre Venezuela e Estados Unidos, onde a ação política de um deles provoca uma reação semelhante do outro lado. Além desses problemas, a região convive com o narcotráfico, o crime organizado e grupos guerrilheiros que tornam as cidades latino-americanas violentas. Os grupos guerrilheiros abandonaram o viés ideológico e se associaram ao tráfico de drogas, sendo as FARC o principal grupo terrorista. A desigualdade social consiste no maior problema da América Latina.

Panorama Relações Internacionais – Europa


Com a criação da União Européia, a Europa passou por um processo intenso de desenvolvimento político e econômico. A Europa saia da Segunda Guerra Mundial destruída e arrasada pela guerra. Após o conflito, a Europa se viu dividida por duas áreas de influência: a Europa Ocidental ficou sob a égide dos Estados Unidos e o capitalismo e o Leste Europeu sob a União Soviética e o socialismo. O Plano Marshall fez com que a Europa ocidental pudesse se recuperar dos destroços da guerra. A integração política e econômica promovidas pela União Européia fez com que a Europa crescesse e adotasse uma moeda comum e única, o euro. A União Européia foi tão bem sucedida que expandiu para o Leste Europeu, área que vivia sob o domínio da União Soviética, e até para as ex-repúblicas socialistas gerando protestos da Rússia. A União Européia possui um Parlamento, um Banco Central e uma moeda comum e seus princípios se baseiam no Tratado de Roma e no Tratado de Maastricht. A geopolítica da Europa está diretamente relacionada com a União Européia. Ela conta hoje com 27 Estados-membros. Hoje, os países europeus tem vivido uma crise econômica decorrente da crise imobiliária norte-americana. Essa crise já atingiu a Islândia, a Grécia, a Irlanda e ameaça Portugal, Espanha e Itália.

Panorama Relações Internacionais – Oceania


A Oceania é uma região rica em belas praias e ilhas, constituindo um verdadeiro paraíso, com suas águas azuis. A liderança da região é exercida pela Austrália e Nova Zelândia. Na região, existem inúmeras ilhas e ilhotas que serviram como bases aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. Não possui muitos países, muito de sua área é constituída por territórios, seus países são muito pequenos, muitos indígenas, aborígenes são encontrados, possui muito vulcões. A maioria de sua população é primitiva e utiliza os elementos da natureza para a veneração e fazem dela a sua religião. É comum o surgimento de novas ilhas e o desaparecimento de outras a partir da atividade vulcânica e marítima. Suas ilhas atraem muitos turistas do mundo todo.

Panorama Relações Internacionais – Ásia


A Ásia hoje tem tido cada vez mais papel de destaque no cenário internacional. O advento do Japão, a criação dos Tigres Asiáticos, o avanço do Sudeste Asiático e a recente emergência de China, Índia e Vietnã na economia mundial explicam essa recente tendência de ascensão do Pacifico em detrimento do Atlântico nas transações econômicas. Hoje a China é a segunda maior economia do mundo depois dos Estados Unidos, é o país que mais cresce (10% em 2010), o comércio internacional de seus produtos tem desbancado as produções nacionais dos outros países, vê a expansão dos produtos Made in China invadindo o planeta todo, tem adquirido cada vez mais papel de destaque nas discussões internacionais, seus investimentos e suas empresas têm se expandido ao redor do mundo. A Índia surge como uma promissora potência mundial, tendo a tecnologia como carro-chefe e Bangalore como centro. O Vietnã vai aos poucos abandonando o socialismo e vivendo o mesmo processo que a China vivenciou. O Japão continua sendo uma potência econômica, apesar de ter perdido espaço para a China. Os Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Hong Kong, Cingapura, Taiwan, Malásia e Tailândia) seguem sendo pólos econômicos e de alta tecnologia. Em contraste com essa Ásia desenvolvida, existe a Ásia pobre e subdesenvolvida e que precisa aprender com ela, e envolve a Indonésia, a Filipinas, Nepal, Bangladesh, Mianmar, Camboja, Laos, Coréia do Norte, Mongólia e Timor Leste.

Panorama Relações Internacionais – África


A África é o continente mais pobre do planeta, viveu muito tempo sob a colonização européia, vive sob imensos conflitos étnicos, é a região mais afetada pela epidemia da AIDS, possui alguns Estados falidos que podem se tornar berço do terrorismo internacional, possui tiranias brutais e seu subsolo é rico em minerais (ouro, diamante, ferro, cobre e urânio). Muito de sua miséria pode ser atribuída pelo longo período de colonização européia, que explorou de sua população e de seu solo, e por outro lado por regimes tiranos e corruptos que assumiram o poder. A região vive sob muitos conflitos étnicos devido a demarcação dos países ter obedecido a critérios que representavam os interesses europeus na exploração econômica da região, fazendo com que fossem criadas fronteiras artificiais e arbitrarias, abrigando em um mesmo país grupos étnicos muito diferentes entre si, que disputam o controle do país e gerando massacres e genocídios como de Ruanda. Muitos governantes são tiranos, corruptos e criminosos e participam de atividades ilegais e negócios escusos, como a guerrilha, a exploração ilegal de diamantes e ouros como mostra o filme Diamante de Sangue, o terrorismo internacional, a pirataria, o tráfico de drogas e de pessoas e a especulação financeira. Muitos de seus líderes são brutais como Robert Mugabe no Zimbábue e Omar Al Bashir do Sudão. Em países como a Somália não há governo, virando refúgio para piratas e terroristas da Al Qaeda. A região tem despertado interesse da China, que busca explorar as suas riquezas minerais e leva empresas e financiamentos para a região e se omite em relação às tiranias e seus abusos. A região recebe muita ajuda internacional de países, ONGs, organizações internacionais, ativistas políticos e grupos humanitários, pois é a região mais pobre do planeta, vive uma epidemia de AIDS, a miséria e o subdesenvolvimento assola a sua população. Diante desse quadro caótico que prevalece na África, foi muito simbólico a realização da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, a primeira do continente, depois de anos sob o regime de segregação racial do apartheid.

Panorama Relações Internacionais – Mundo Árabe


A maior parte do Mundo Árabe fica no Oriente Médio, que possui as maiores jazidas de petróleo do mundo. O conflito entre Israel e Palestina domina as discussões no Mundo Árabe desde a criação do Estado de Israel em 1948. Ele é formado por países que apóiam e financiam o fundamentalismo islâmico e o terrorismo (Irã e Síria) e aqueles moderados que o combatem e são apoiados pelos Estados Unidos e o Ocidente e sob ocupação norte-americana (Arábia Saudita, Jordânia, Omã, Iêmen, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Líbano, Marrocos, Líbia, Tunísia, Argélia, Egito, Qatar, Mauritânia, Paquistão, Turquia, Afeganistão e Iraque), ambos sem cultura democrática. O Irã e a Siria financiam o Hamas e o Hesbolah, não são aliados dos Estados Unidos e pregam o fim do Estado de Israel. Os demais têm relações com Israel, apóiam os Estados Unidos, combatem o fundamentalismo islâmico, mas também são tiranias. A Al Qaeda de Osama Bin Laden e o Taleban e outros grupos terroristas atuam na região. A região em sua maior parte é marcada pela miséria, pobreza, tirania e subdesenvolvimento apesar de possuir as maiores reservas de petróleo do mundo, com exceção do Estado de Israel, que possui ótimos indicadores de desenvolvimento humano. A Questão da Palestina é a que mais gera paixões. A região desperta a atenção mundial, uma vez que possui imensas jazidas de petróleo, é o berço do terrorismo internacional, abriga três religiões em conflito (islamismo, judaísmo e cristianismo), o conflito árabe-israelense constitui verdadeiro barril de pólvora e qualquer acontecimento na região pode afetar o preço internacional do barril de petróleo.

Panorama Relações Internacionais – Ásia Central


Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão, junto com a Rússia, formavam a União Soviética, durante o socialismo, até a sua desintegração em 1991. Eles se encontram na Europa e na Ásia. Hoje, esses países da Ásia Central são muito importantes nas Relações Internacionais, pois são alvo de disputa de influência entre Estados Unidos e Rússia, constituem uma verdadeira colcha de retalhos devido a grande diversidade de grupos étnicos e nela se encontra o Cáucaso, uma das regiões mais ricas em petróleo do planeta. Em busca de campos de petróleo, oleodutos, bases aéreas, bases de abastecimento, rotas terrestres e aéreas e influência política, as duas potências apóiam regimes autocráticos, financiam grupos oposicionistas e estimulam movimentos e rebeliões. A Revolução Laranja na Ucrânia, a Revolução das Rosas na Geórgia, a Revolução no Quirguistão, o conflito na Ossétia do Sul e na Abicásia, o pequeno conflito entre Rússia e Geórgia, a expansão da OTAN e da União Européia sobre Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia e Geórgia e as discussões sobre o sistema antimíssil norte-americano refletem bem a rivalidade entre Estados Unidos e Rússia. Nessa região, há pouca cultura democrática, imensas reservas de petróleo, inúmeros oleodutos, inúmeros grupos étnicos distintos e pouco destaque na imprensa internacional.