terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Opinião Política - O Escândalo do Wikileaks

O vazamento de informações promovido pelo site Wikileaks e seu fundador Julian Assange sobre a diplomacia dos Estados Unidos, de alguns países, de bancos internacionais e de operações financeiras representa um baque para o mundo. O conteúdo vazado não chega a gerar uma crise internacional, mas provoca um grande constrangimento, uma vez que desnuda o verdadeiro e sincero pensamento das entidades envolvidas acerca das outras, revela operações secretas em termos militares, diplomáticos, econômicos e financeiros empreendidos entre eles, uns contra os outros. Em relação aos bancos, as empresas e as operações financeiras podem comprometê-las, pois pode-se descobrir operações fraudulentas. A ousadia do Wikileaks e seu fundador em relação aos Estados Unidos, não poderia deixar de provocar uma reação do governo norte-americano, que por meio de pressões ajudou na prisão de Julian Assange e reclama a sua condenação por parte do governo sueco, onde responde a processos por crime de estupro. Julian Assange é processado na Suécia por ter mantido relações sexuais sem preservativo, o que pela legislação sueca representa estupro. Seus defensores alegam que isso seria uma invenção do governo norte-americano como uma forma de retaliação pelo vazamento. O caso Wikileaks revela também que deve-se tomar muito cuidado com a internet e os hackers que atuam na rede, pois foram vazadas informações super secretas e mantidas sob sigilo pelos mais importantes órgãos de inteligência e diplomacia do planeta. Informações tais como sobre a presença da inteligência cubana na Venezuela, pedidos do Fatah para que Israel atacasse o Hamas, especulações sobre a sanidade mental de Cristina Kirchner e Hugo Chávez, o antiamericanismo por membros da diplomacia e do governo do presidente Lula, os planos de José Serra de entregar parte das operações de exploração do pré-sal a empresas norte-americanas, o constrangimento da China no episódio do ataque norte-coreano a Coréia do Sul servem para deixar mais tensas, conflitivas e transparentes as Relações Internacionais.